sexta-feira, 22 de outubro de 2010

QUEM É VOCÊ?


"Se olha de frente, de lado, de costas, de cabeça para baixo, pinta o cabelo de azul, dourado, vermelho, faça careta, ria, sorria, feche os olhos e abra os olhos. E se veja sempre surpresa. QUEM É VOCÊ?"

Roseana Murray

terça-feira, 19 de outubro de 2010

IX Congresso Brasileiro de Arteterapia - SP


"Acessar novos conhecimentos implica em assumir novas responsabilidades".


Tema Livre: Saúde
 "Hipertensão Arterial: tensão à flor da pele

 Mediadora e apresentadoras 
Mesa Temática: Saúde Mental
"A arte como viés no processo de ressignificação 
do paciente com transtorno de ansiedade".


    



Mediadora (ao centro) e apresentadoras da mesa
 




Oficina: Compartilhando a Arte

Facilitadora: Maria Margarida Moreira Jorge Carvalho, SP.

 




Com Claudia (Ba) e Patrícia Pinna (SP)

 
                            
Com Betânia, parceira na vivência.
Momentos de descobertas e ampliação da consciência.
 Obrigada querida!!



                                      
Oficina:
"Descubra qual deusa grega habita em você"
Com Rossana Lourenço (RJ).

Esta vivência foi de estrema significância em minha vida, pois me fez rever conceitos e experimentar novos lugares, que na verdade, sempre foram meus. Pude conhecer e entrar em contato com um pouquinho de cada deusa e perceber que todas elas, de alguma forma, habita em mim, na mulher que sou.
Obrigada pela experiência encantadora!!!



Com amigas arteterapeutas na despedida.
Foi um prazer conhecer vocês!!

 

Com minha mestra Cristina Dias Allessandrini...
quem me ensinou a trilhar o caminho da arteterapia.

"Há certos mistérios em minha vida que nem eu consigo entender e nem tento. Quanto mais se sonda o mistério, mais ele fica fora do alcance. A ciência tranquiliza, a arte perturba".
George Braque


15 de outubro - Dia do professor

Não existe alguém que nunca teve um professor na vida,
Assim como não há ninguém que nunca tenha tido um aluno.
Se existem analfabetos, provavelmente não é por vontade dos professores.
Se existem letrados, é porque um dia tiveram seus professores.
Se existem Prêmios Nobel, é porque alunos superaram seus professores.
Se existem grandes sábios, é porque transcenderam suas funções de professores.
Quanto mais se aprende, mas se quer ensinar.
Quanto mais se ensina, mais se quer aprender.

Içami Tiba

Parabéns professor, pelo seu dia!

Dia 10 de outubro: Dia Mundial da Saúde Mental


Como psicóloga no Núcleo de Saúde do QualiVida/ Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, venho ao longo de um período me preocupando com a saúde mental do educador. A sociedade moderna com seu ritmo acelerado, o individualismo exacerbado, a competitividade e o estresse cotidiano, além do estresse ocupacional, conhecido como “síndrome de Burnout” – (distúrbio de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso), vem contribuindo de forma relevante para o comprometimento da saúde mental do  profissional da Educação. Fatores como estes acabam por comprometer  a  produtividade no trabalho, bem como, interfere de forma significativa na qualidade de vida afetando as relações interpessoais e tendo como consequência, a licença médica, tão comum dentro do espaço educacional. Ainda não temos estatísticas que nos apontem os números, mas a procura espontânea e os encaminhamentos que chegam, nos faz crer, que o professor vem se afastando cada vez mais da sala de aula, da escola, do seu espaço de trabalho.  
 
Muitas seriam as formas de minimizar os ardores que comprometem a saúde mental, mas para isso, é preciso ter consciência dos fatores que envolvem  o desencadear da doença e desconstruir os mitos que envolvem este adoecer.

Fatores genéticos e ambientais são responsáveis pelo surgimento da doença mental, assim como de qualquer outra doença. Desta forma, é preciso estar atento, aprender a olhar para si, se conhecer, tomar consciência do entorno, da forma escolhida para viver, daquilo que o incomoda, que o inquieta; é abrir o baú da vida e se deparar com todas as quinquilharias... aquelas que ainda lhe cabem, e aquelas que não lhe cabem mais. Mas este processo não é fácil, por isso a necessidade de ajuda, mas buscar ajuda também não é um processo fácil. Por isso, a sensibilização é um fator de extrema importância neste processo, é o preparo do terreno antes do plantio. Este trabalho é feito por meio de palestras, dinâmicas, oficinas de arte... É preciso sensibilizar para a necessidade do autocuidado como forma de prevenção, para que se possa tomar conciência de si e de suas necessidades, afim de obter mais satisfação em sua vida. 

Como forma de prevenção, uma das ações realizadas é a “Roda de Conversa” sobre Saúde Mental - espaço oferecido às escolas para reflexão sobre a qualidade dos pensamentos, sentimentos e emoções dos seus funcionários. Nos encontros, informamos e oferecemos subsídios necessários para que possam identificar sinais de que algo não vai bem consigo e com o outro. Juntos repensamos sobre o mito da doença mental e do psiquiatra como médico de loucos, pois afinal, “de médico e de louco todos nós temos um pouco!” A doença mental não se restringe somente a loucura, mas a qualquer desconforto causado pela mente, como uma tristeza sem causa aparente, um desânimo, uma angústia... E aí? Você nunca sentiu isso?

Como forma de tratamento oferecemos um espaço de “acolhimento”, atenção e escuta das possíveis demandas, onde são orientados e devidamente encaminhados a especialistas, quando necessário. O acolhimento é individual e conforme a necessidade apresentada, mas uma vez ao mês são convidados a participarem de uma oficina em arteterapia, onde podem experimentar a troca de experiências e por meio de recursos artísticos, despertar o potencial criativo que poderá ser utilizado para viver criativamente. A arte é uma excelente ferramenta no processo terapeutico, pois ela possibilita a expressão de sentimentos internos, materializando assim, aquilo que estava imerso no inconsciente. 

Por ser o preconceito ainda muito grande, muitos relutam em procurar ajuda e acabam por se afastar de suas atividades laborais perdendo, até mesmo, a esperança de dias melhores. Mas percebemos que ao longo do trabalho realizado uma quebra de paradigmas vem acontecendo, pois alguns servidores já conseguem romper com esta barreira e buscar apoio terapeutico, encontrando assim, alívio para sua dor.

Diante do sujeito com sofrimento psíquico (depressão, transtorno de ansiedade, do pânico, de humor, dificuldades nas relações interpessoais, baixa autoestima, ...), procuramos de forma calorosa, receptiva e solidária, fazê-lo sentir-se à vontade para falar sobre si e das questões vivenciais e emocionais que o impedem de ter uma qualidade de vida. O reconhecimento e a valorização por meio do acolhimento e o apoio psicológico ao funcionário promovem a humanização no trabalho, pois permite que os afetos sejam cuidados e a situação problema minimizada, beneficiando assim, a saúde mental do trabalhador.


“Para mim só contam os que são loucos por alguma coisa, 
loucos por viver, loucos por falar, loucos para serem salvos,
os que querem tudo ao mesmo tempo,
os que jamais bocejam, que não dizem banalidades,
mas ardem, ardem, ardem como um fogo de artifício”.

Jack Kerouac