quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ARTETERAPIA E GÊNERO: QUEM É VOCÊ?

OFICINA ARTETERAPÊUTICA REALIZADA DURANTE O
 SEMINÁRIO POLÍTICAS PÚBLICAS
GÊNERO E SEXUALIDADE
26 de novembro de 2011
FASE
Faculdade de Sergipe



 Alunos do Curso de Psicologia tiveram a oportunidade de entrar em contato com a arteterapia e experienciar a prática dos recursos artísticos em contexto terapêutico.

“ARTETERAPIA É A TERAPIA POR MEIO DA ARTE”

Movidos pela curiosidade os alunos participaram da Oficina
...e puderam relaxar, estravasar e resgatar memórias.

"Nossas lembranças, às vezes boas, às vezes ruins,
tem a condição de serem resignificadas"
Allessandrini












"A arte é um caminho, uma possibilidade terapêutica"


... é uma ferramenta expressiva que pode ser oferecida como recurso de trabalho.


Sem se preocupar com o que iriam fazer, os alunos mergulharam na experiência e se deixaram levar pela emoção do contato pleno e facilitador da arte.


 "Criar é tocar a essência do ser humano!"
... é tocar a alma, é tocar o que há de mais sublime.

 O grupo se permitiu o toque na essência, e de maneira suave, cada um a seu tempo, foram deixando que as imagens internas se materializassem, tomando forma... a forma de cada um.

 "Tô precisando de colorido na vida"


"Quando descobri a arteterapia,
percebi que o caminho da individuação podia ser colorido"
Elizardo

"O ato criativo é uma necessidade básica do ser humano"

... que vai desde a escolha dos recursos, pois diante das diversas possibilidades oferecidas, é preciso escolher... e escolhendo, busca a si mesmo, seja na cor, na forma e no modo de se relacionar com o material e com o objeto criado.





"Trabalhar com arte é estimular a criatividade"


 Criatividade tão necessária pra vida, pois viver exige de nós uma constante reorganização.
Viver sem criatividade é ficar no marasmo da mesmice, sem inovar ou inventar, é se acamodar na vida, se acostumar a ela e dela nada esperar.

"A arte é uma linguagem, uma forma de expressão simbólica"
...e pode usada quando as palavras faltam ou a terapia trava...
pode ser usada a qualquer momento, basta sentir vontade.

Por meio de recursos artísticos é possível caminhar em direção a si mesmo...
...é mergulhar no interior do ser e deixar aflorar o inconsciente.




“Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar...”

Oswaldo Montenegro


Obrigada colegas psis, pela bela e enriquecedora experiência!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O QUE VOCÊ DESEJA PARA O ANO NOVO?

VIVÊNCIA DE FINAL DE ANO




Mas um ano chega ao fim, e com ele as expectativas de um ano novo. As emoções começam a aflorar.
É o momento em que vamos nos despedindo... deixando para trás a roupa velha que não cabe mais. O que foi vivido vai tomando forma de lembranças que vão sendo arquivadas na caixa preta do cérebro, o que vai dando lugar aos sonhos. É chegada a hora de romper com o casulo e começar a desbravar novos horizontes.
É o momento de entrar em contato com o novo, com o não vivido. É hora de voar, ao menos... para dentro de si!

Venha viver uma experiência arteterapêutica, e experimentar, por meio de recursos artísticos, a elaboração e a materialização do seu desejo para o ano novo.

NOVA DATA
Quando? 22 de dezembro às 19:30h

Onde? Pça da Bandeira, nº 465 - Edf. Clinical Center sala 607 Aracaju/SE

Investimento: 40 reais

Informações e inscrições:
Cel: 9864.9220
Email: elinhapaes@yahoo.com.br

Facilitadora:
Elen Paesante
Psicóloga (CRP 03/01824) e Arteterapeuta na Abordagem Gestáltica


 
VAGAS LIMITADAS!!!!!

 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

OS QUE PARTEM E OS QUE FICAM

“Nós podemos até retardá-la, mas não podemos escapar dela”
Kübler-Ross



A morte ainda é um tema que se esconde por detrás das cortinas do nosso viver. Apesar de se revelar a todo instante e em circunstâncias diversas em nossa vida, ao pensarmos, somos tomados por reflexões e sentimentos das mais variadas tonalidades.

Falar sobre esse tema ainda é bastante sofrível, pois a morte não é vista como se fizesse parte das nossas vidas. Desde criança, não somos ensinados a percebermos a relação entre morte e vida, e que ambas, fazem parte de um mesmo mistério.

O medo de partir e o medo de ficar...
Quem vai, deixa para trás uma vida...
Quem fica... fica com a dor da saudade.

O medo da finitude e a busca da juventude eterna são reforçados, ao longo dos séculos, pelos contos e mitos, que retratam a fantasia da ressurreição, dando ao homem uma possível condição de permanência.

“O homem persegue o renascer e tenta transformar a morte num começo de si mesmo”
(Hulak & Lederman, 1992, p. 335).

 
Para Jung, os mitos nos ajudam a lidar com o tema da morte.

O MITO DA FÊNIX

Foi entre os egípcios, que surgiu o mito da Fênix, pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em autocombustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas.



A Fênix, o mais belo de todos os animais místicos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais, chegava a provocar a morte deles.

A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.


Uma releitura do mito de Narciso surge como complementação do mito da Fênix, pois ao ver a imagem que vislumbrou refletida no lago, tenta destruí-la. Na verdade, não é para a morte que Narciso vai ao mergulhar no lago, mas para a vida, buscando renascer das próprias águas (Hulak & Lederman, 1992).



A vida nada mais é, que uma grande Gestalt, uma configuração, com início meio e fim, onde todas as partes se interrelacionam. É um convite a totalidade, de forma, que nascer e morrer, fazem parte do mesmo ciclo.

No decorrer da vida passamos por vários ciclos e pode ser que em algum momento precisemos ressurgir das cinzas, ou mesmo das águas, para uma nova fase repleta de mudanças significativas. Até mesmo o adoecer, nos possibilita o renascimento, "a doença como caminho" de cura, de novas descobertas e construção de um novo ser.

Mas nem sempre esse movimento se dá com facilidade. Muitas vezes, se faz necessária a busca por um profissional especializado, um facilitador na busca da resolução dos nossos processos internos.

Dessa forma, um trabalho arte gestáltico, poderá contribuir para o ressignificar do luto.

Ao vivenciarmos um evento por meio da experiência gestáltica em arte é possível nos aproximamos da nossa criança interior, e de maneira delicada, promovermos possíveis mudanças na nossa forma de ser e conceber o mundo ao redor. Podemos nos embalar no mundo da fantasia que a arte proporciona e fazer dela um caminho para nossa reconstrução pessoal.




“A razão pela qual desenhar ou pintar pode ser ‘terapêutico’ é o fato de que, quando são experienciadas como processos, essas atividades permitem ao artista se conhecer como uma pessoa inteira, dentro de um intervalo de tempo relativamente breve” (Zinker, 2007, p. 259).


O que nos resta, senão aceitar a realidade que nos cerca! E com o colorido e a alegria das cores, esse processo se torna bem mais leve e mais fácil de ser vivenciado.