CARTAS PARA JULIETA

Há quanto tempo não escrevo cartas! Nem escrevo e nem recebo.

E como era bom recebê-las! Todo dia ia olhar a caixinha do correio...
E ficava dias a espera...
Era dessa forma que nos comunicávamos com o outro, que trocávamos confidências, que conhecia-mos pessoas.
Mas tudo mudou, e agora basta um toque, seja na internet ou no celular, e o outro lá está.

Adeus as cartas!

Hoje acordei com vontade de ficar comigo, de ficar quietinha e fazer coisinhas para mim. Escolhi ficar comigo mesma e tirar o dia pra cuidar de mim e me fazer mimos.
E como é bom não me sentir só quando estou só!

O dia conspirou a meu favor, amanheceu com cara de ficar em casa, adorei! Cheirinho de quietude, de intimidade... de chuva! Pensei em várias coisas fora de casa... o celular tocou e com ele o convite para ir pra rua. Lembrei de alguns acordos que fiz com as amigas para o final de semana em que estivesse por aqui, promessas de encontros, de saidinhas, mas decidi não fazer nenhuma dessas coisas.

Pensei em cozinhar, experimentar uma receita nova, colocar a bagunça em ordem, ficar no PC, ver TV, ler e escrever. Quanta coisa! Precisaria de dois finais de semana para fazer tudo isso!

Mas enfim, levantei da cama e me arrumei confortavelmente para sair.
Primeiro fui ao supermercado, fiz uma lista, coisa rara! Rapidamente consegui pegar tudo o que precisaria para o meu dia. Depois fui à locadora, coisa rara também! Neste ínterim dei-me conta de como meu dia já estava sendo diferente. Ganhei de presente de um amigo um cupom com direito a 10 locações. Então aproveitei a oportunidade e escolhi três filmes para assistir durante o final de semana.

Voltei pra casa.

“Lá fora está chovendo e aqui dentro”... estou eu cá com meus botões!
Aqui dentro ta confortável, quieto e tranqüilo. Sinto-me aconchegada!

Lá fora, o que estará acontecendo?

Preparei meu almoço... hum! De sobremesa pudim de leite moça, amo!

“Cartas para Julieta” foi o filme escolhido para esta tarde. Lindo e encantador, um filme que fala de amor, do amor que sempre volta, mesmo que tenha se passado mais de 50 anos. 

Precisava começar minha seleção de filmes com algo romântico que nutrisse minha alma, a alma dessa canceriana implacável.

E lá de fora...o grande amor da minha vida me chama... trim... trimmm
É sempre adorável falar com ele.

MAIS UM ANO EM MINHA VIDA!

Hoje é dia de ANIVERSÁRIO... é um dia ESPECIAL! Aproveito para fazer uma retrospectiva de minha vida, refletindo sobre as experiências vividas e o quanto foram significativas para mim.


Cada ano que passa, tomo consciência do que a vida me tira, mas também sei que ALGO me é dado em troca. A cada ano, a possibilidade de uma reavaliação: o que FIZ ou poderia ter feito, as PESSOAS que permiti adentrar meus espaços, o que FUI, o que SOU e como ESTOU neste agora, podendo assim, me ressignificar para ser um SER melhor.

Julho de 1970: nasce uma linda menina!
Quanta expectativa!
A menina cresce ativa, dinâmica, corajosa!
Desbravadora! Ah, que fase boa!
Transforma-se numa adolescente!
Rebelde, sonhadora, guerreira, apaixonada!
Destemida, intensa, dona de si...
Lembranças para uma vida toda!

Menina mulher...MÃE!
Aos 19 anos, chega Evellin!
Tudo muda! Os sonhos, a vida.
A vida se redireciona.
A menina cresce e se transforma numa linda mulher!
Amiga e companheira, parceira!

Às vezes me pergunto quem SOU eu, de onde vim e para onde vou.
Por vezes sinto falta daquela que tanto me inspirou,
Daquela que sou eu mesma, mas que a vida se encarregou de polir, de aparar as arestas...
E é aí que a gente pensa que mudou... e de fato mudou!

Afinal, tudo muda!
Muda o corpo, o JEITO, o modo de pensar...
Muda a FORMA de ver a vida!
Muda o trabalho, os amigos, os pares...

A vida passa, mas ficam as lembranças, as experiências...
Fica a saudade e a vontade de continuar o caminho.

A vida passa, sim...
Mas deixa a MATURIDADE!
E com ela, o encantamento de um novo momento a ser vivido.

E que venha mais um ano...
Que venha mais VIDA no ano que se inicia a partir de agora.

Que eu possa ser cada dia melhor enquanto SER...
Enquanto mãe, filha, irmã, namorada, amiga
Enquanto profissional.

Que eu possa continuar cuidando, me doando, AMANDO.

Enfim, VIVENDO!

MITOLOLOGIA, AMOR HUMANO E ARTETERAPIA:

O amor, a conjugalidade, a sexualidade sagrada e a arteterapia.

Facilitadora: Patrícia Pinna

"A questão decisiva para um homem é:

Ele está, ou não, ligado a algo infinito. Eis aí a pergunta mais significativa da sua vida".

(C. G. JUNG)

Estar com Patrícia foi encantador. A conheci em São Paulo (2010), no Congresso de Arteterapia, e ao saber que estaria em Salvador, minha mais nova cidade, não pude deixar de participar deste grandioso momento de encontro com a arte e com pessoas tão interessantes, arteterapeutas e afins, pessoas que respiram arte em todas as suas formas.

Conhecer a turma da ASBART também está sendo maravilhoso. Conviver com arteterapeutas... é aguçar a criatividade, é nutrir a alma, é encher o coração de esperança, de leveza e de AMOROSIDADE.

Essa é a palavra e esta é a frase "A vida só se dá para quem se doa".

"Os mitos e os contos de fadas ressoam em nós a partir das vivências que brotam de nossa ancestralidade, das raízes de nossa constituição como seres humanos".

E o que conta um conto?

Ah, tantas coisas... conta o conto da vida, da sua, da minha...

A magia do existir, do sonhar, do encantar!

Ah, tantos contos, tantos pontos, tantos... pontos em comum!

As histórias de cada um também ressoam em nós, são vivências que nos dizem respeito. Somos parte do outro, e o outro é parte de nós.

Nossas histórias se entrelaçam...

formando a grande teia da vida, o grande inteiro que tanto buscamos.

Assim como as mil e uma histórias contadas por Sherazade.

Que por meio do exercício da criatividade garantiu o amor e a liberdade.
http://www.miniweb.com.br/cantinho/infantil/38/estorias_miniweb/1001_noites.html

Amar é como ter um pássaro nas mãos, pois o amor combina com liberdade

É UMA GAIOLA DE PORTAS ABERTAS!

http://contadoresdestorias.wordpress.com/2008/01/07/a-menina-e-o-passaro-encantado-ruben-alves/

VIVÊNCIA

 Construindo um panô.

Bate, bate, bate coração... sou movida a paixão e por ela que me lanço.

Vou de coração.

Esse é o meu panô.

 Adorei fazer!

Diante de tantos objetos quão difícil é a tarefa da escolha.
Mas me deixei ser guiada pelo coração, e trouxe, simbolicamente, neste panô, as cores e formas do amor.

Foi a primeira vez que realizei essa atividade.

Deus disse: vou ajeitar você a um dom.
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águias tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras".

(Manoel de Barros)