sábado, 7 de maio de 2011

MÃE!

Lembro-me que quando criança costumava homenagear as mães durante as festinhas da escola. Cantávamos, dançávamos e recitáva-mos.
Hoje, depois de anos, ao procurar algo que pudesse expressar o carinho por esse ser tão especial, sabe o que eu encontro? A poesia que decorei, ainda menina, em homenagem a minha mãe.
Alguns trechos ainda estão presentes na memória...



PARA SEMPRE

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade



"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos."

(Friedrich Nietzsche)

Então, porque não uma homenagem a filha!?! É por ela e para ela que me tornei mãe.
Recordo-me que quando criança, minha filhota, hoje uma mulher linda, dentre as diversas homenagens que fez a mim, no Dia das Mães, uma eu nunca mais esquecerei. Com as mãozinhas nas costas, acreditando que escondia uma rosa para me entregar somente ao final da música, cantava pra mim e pra todas as mães presentes "Como é grande, o meu amor por você"!
Ainda hoje, ela me enviou uma mensagem com o trecho da música, coisa que faz sempre que a ouve.




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